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quinta-feira, 19 de maio de 2011

NOVA PROGRAMÇÃO NA GRAMADO RÁDIO FLORESTA

                    NOVA PROGRAMAÇÃO NA GRAMADO RÁDIO FLORESTA
                                                    21 DE MAIO 2011

Para quem aprecia o “Blues” aos Sábados, Domingos e Segundas na primeira hora do programa Madrugada na Floresta estaremos apresentando uma hora só com blues, uma seleção do Banck’s Cds parceiro da GRF. Esperamos que gostem!
Todas as terças e quintas na primeira hora do programa Almoçando na Floresta teremos a primeira hora somente com Jazz.
Nos programas Manhã Brasileira e Tarde Brasileira faremos inserções  ao vivo falando sobre a Mpb e seus Artistas.
Também nos programas Armazém do Samba e Noite da Saudade faremos inserções ao vivo falando sobre os cantores, cantoras, compositores e compositoras.
Estamos na fase final para mais duas novidades!
Em breve dentro do programa Noite da Saudade estaremos contando a história do Tango!
E o programa Gramado Nativo passará a ser temático musical na apresentação de Pepeu Gonçalves!

Marco Antero – Diretor Presidente da Gramado Rádio Floresta.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Juliana Lima mostra versatilidade no álbum O Dom


A Gramado Rádio Floresta sente-se muito feliz e gratificada em divulgar  aqui em seu espaço cultural o trabalho desta magnífica cantora e compositora.

                     Juliana Lima mostra versatilidade no álbum O Dom
 


Cantora expressa sua intimidade com a música, envolvendo os mais diversos estilos, de baião a jazz.
por ROSE CASTILHO

Com mais de 10 anos de carreira, Juliana Lima lança o seu quarto álbum, que faz jus ao título: O Dom. Neste trabalho, a artista mostra seu talento em um trabalho eclético que mistura samba, bossa, baião e jazz. No disco Juliana exalta as nuances de sua voz – suave, intensa e forte –  além do próprio dom de transformar tudo em música. Das 15 faixas, cinco são composições próprias e as outras, parcerias com artistas como Del Cestal e Luciene Caruso.

“Devaneios” abre o disco de forma animada e com muita energia. Juntos, guitarra, teclado e bateria, trazem, com personalidade, características do jazz, que permanecem evidentes também em “A Lua Me Disse” e que permeiam todo o álbum, como em “Velha Chama”, na qual vale destacar a presença forte do saxofone.

A canção que dá nome ao CD, “O Dom”, mostra mais uma faceta de Juliana Lima: a MPB moderna. Apresenta texturas mais delicadas, sempre valorizando a melodia da voz e a harmonia do violão, representando uma tendência de grandes artistas do cenário atual da música brasileira, como Maria Rita, Zélia Duncan e Bruna Caram. Com a força de sua voz, Juliana apresenta a canção com muita emoção e sensibilidade. É o casamento ideal entre voz, interpretação e instrumental. Estilo que também caracteriza “Óculos”.

Do moderno à raiz – “Morre um Amor” reconstitui elementos do samba, como cavaco e pandeiro. Já em “Colhendo Estrelas”, a percussão é destacada e marca o ritmo sincopado da música. Outro resgate interessante é o alcançado pela cantora em “Justo Agora”, que traz, de forma clara, a influência do choro. Já o baião, ritmo popular do Nordeste brasileiro, também pode ser percebido em “Até o Fim” e “Nosso Amor”.

Uma das características mais fortes da compositora é o realce da melodia vocal. Traço que pode ser percebido em todas as faixas do disco, mas que vale ser ouvido atentamente em “Jardim”, na qual a harmonia entre voz e violão fica evidente. Além disso, Juliana apresenta, em grande parte de suas músicas, a repetição de sons em forma de rima. Em “Parto”, a utilização constante da letra “p” e outras brincadeiras com a escrita causam a sensação de que a música segue o fluxo do pensamento.

Juliana Lima deixa o sentimental de lado para mostrar seu olhar sobre o mundo em “O Próprio Homem”, na qual critica o desenvolvimento acelerado da sociedade e do cenário urbano. Nela, a cantora questiona: “Será que o próprio homem come o mesmo homem em meio a esta sombra que já o consome?”. Além de questionadora, resgata elementos característicos da Bossa Nova, que também está presente em “Pensa”.
Vibrantes, em “Boa Sorte”, letra e música que propõem um mesmo objetivo: a liberdade, o desprendimento e a crítica. Ao passo em que a cantora afirma queimar “a identidade com gasolina”, o instrumental se afasta de ser classificado como algum estilo musical específico.
No disco O Dom, Juliana Lima, mostra um trabalho maduro e envolvente.