sábado, 28 de março de 2009
Cooperativismo está em festa em Nova Petrópolis
O berço do cooperativismo recebe título Nacional
O Brasil se rende ao Cooperativismo, um modo de vida diferente que associa as pessoas e se organiza em coletividade. Mais de mil pessoas celebraram o cooperativismo em evento que aconteceu na Linha Imperial em Nova Petrópolis, neste sábado pela manhã, o motivo da comemoração foi o título que a cidade recebeu de Capital Nacional do Cooperativismo, concedida por três esferas, Municipal, Estadual e Federal.
O evento começou com Celebração Ecumênica com a presença do bispo da diocese de Novo Hamburgo, Dom Zeno Hastenteufel, foi neste momento que foi reforçado a importância da união entre os povos.
Com a presença de quatro deputados, Luis Carlos Heinze, Pepe Vargas, Rui Pauletti e Giovani Cherini, do Prefeito da cidade Luiz Irineu Schenkel além de outras autoridades a manhã foi repleta de homenagens. A equipe da Sicredi Pioneira RS, através do seu presidente Édio Spier, deu boas vindas aos que compareceram. O evento foi um presente da cooperativa para a comunidade.
Logo após a cerimônia Ecumênica que aconteceu na Igreja São Lourenço Mártir, os presentes fizeram a inauguração do Monumento ao Padre Amstad com as peças originais no interior da Igreja, re-inauguração do Monumento na Praça e a Inauguração do Museu Padre Amstad, local onde foi a terceira sede da primeira cooperativa de crédito da América Latina.
A cidade que é o berço do cooperativismo de crédito da América Latina começou a desenvolver este movimento há 107 anos por iniciativa do Padre Theodor Amstad. Para que Nova Petrópolis ganhasse este título foi em 2007 por iniciativa do então vereador Jorge Lüdke, que começou os primeiros passos para que esta realidade hoje acontecesse, como disse ele “plantamos uma semente ela cresceu e ficou forte. Hoje torcemos para que os dirigentes desta cooperativa tenham inspiração para seguir com o trabalho”.
O segundo passo para que o título da cidade se tornasse a Capital Nacional do Cooperativismo, veio através do Deputado Estado Giovani Gherini, que diz “Sou um sonhador. Sonho um dia que a nossa Pátria seja cooperativista, e aqui tem uma cidade que é um exemplo para o país quando se trata deste tema”.
Para chancelar o assunto o Deputado Federal Pepe Vargas, criou a lei propondo que a cidade fosse reconhecida em estância Federal, e ele apontou “esta cidade se projeta mantendo esta história e a sua identidade. Tenho a certeza que a Lei será aprovada no Senado, pois o cooperativismo é uma ação de instrumento comum, e é fundamental para criar um país mais justo. Este movimento é muito importante para caminharmos rumo a este objetivo”.
Durante a solenidade de comemoração o Presidente da Sicredi Pioneira RS, Édio Spier, relembrou a história apontando a importância da iniciativa do Padre Amstad naquela ocasião. “Ele visitava as famílias de casa em casa e incentivava que as mulheres participassem mais da comunidade. Foi por mérito que o Padre conseguiu criar a primeira cooperativa de crédito na América Latina”. Já o Presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul, OCERGS, Márcio Lopes Freitas, disse “este título ninguém tira de Nova Petrópolis, pois ele é de fato desta cidade desde 1902, quando de forma empreendedora o Padre Amstad Theodor, começou este movimento”.
O Deputado Federal, Luis Carlos Heinze, apontou que o dia é de “relembrar este movimento que está vivo na cidade. O Sicredi é um modelo de cooperativismo de sucesso”.
O anfitrião da cidade o Prefeito Luiz Irineu Schenkel, que recebeu todos os convidados, reforçou a fé que moveu a união das pessoas em 1902 através do Padre Theodor Amstad, esta presente até hoje, ele completa “o sistema cooperativista se deu porque ela foi alicerçada em Deus. Um por todos e todos por um é o que faz a diferença no trabalho e na vida de cada um e o Sicredi é um exemplo de trabalho sério e de crescimento.”
Logo após as inaugurações o almoço festivo foi embalado pelo Show de Raul Quiroga e Americanto Música Tradicionalista, no salão Paroquial da comunidade.
Um pouco de História:
Na casa paroquial localizada ao lado da Igreja foi construída no inicio do século XX seu primeiro ocupante foi o Padre Amstad, entre 1905 e 1908.
É na Linha Imperial ao lado da Igreja São Lourenço Mártir que o túmulo com os restos mortais do Padre Theodor Amstad estão encerrados em uma urna, depositados em frente da Igreja e foram transladados do cemitério dos Padres Jesuítas de São Leopoldo, em 1988, por ocasião do cinqüentenário de seu falecimento.
O monumento ao padre Theodor Amstad, erguido na praça da Linha Imperial, foi inaugurado em 1942, quatro anos após a sua morte, o que comprova o reconhecimento e grandiosidade de sua obra.
Este monumento teve as suas placas de bronze replicadas em resina de poliéster com fibras de vidro pelo artista plástico Marciano Schmitz. Estas réplicas foram confeccionadas com material sem valor comercial por motivo de segurança. Destacamos que todas as peças originas estão no monumento instalado no interior da igreja São Lourenço Mártir.
Foto: Diogo Mascarenhas/Divulgação
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